cará, caranambu, caratinga, cará-de-folha-colorida, cará-liso, cará-de-pele-branca ou inhame-cará
Inhame é o nome comum de plantas do gênero Dioscorea. Em alguns locais, é comum referir-se as seguintes espécies Alocasia, Colocasia (Taro), Xanthosoma, e Ipomoea (batata-doce), também como inhame[1][2][3][4]. Seus tubérculos também são chamados de inhame. Essas plantas são muito cultivadas na África, América Latina, Ásia, Oceania e nas ilhas da Macaronésia desempenhando um papel importante na alimentação dessas regiões.
O cará, caranambu, caratinga, cará-de-folha-colorida, cará-liso, cará-de-pele-branca ou inhame-cará é um tubérculo cultivável pertencente a várias espécies da família das dioscoreáceas.[5] O padre José de Anchieta (1534-1597) menciona o cará em seus escritos, louvando seus valores. Como hortaliça, o cará é um alimento energético. Também se destaca como fonte de vitaminas do complexo B.
Na sua carta sobre o descobrimento do Brasil, o escrivão Pero Vaz de Caminha chamou a mandioca de "inhame": "Muito inhame e outras sementes que na terra há e eles comem"
Etimologia[editar | editar código-fonte]
O vocábulo "inhame" origina-se das línguas do oeste da África. A palavra yam, do inglês, vem do uolofe nyam, que significa "a amostra" ou "sabor"; em outras línguas africanas, a palavra utilizada para inhame também pode significar "comer", como, por exemplo, yamyam e nyama, em hauçá.
Já a palavra "cará" vem de termo tupi ka'rá.[7] "Caratinga" vem do termo tupi aka'ratin'ga, que significa "cará branco".[8]
Espécies e denominações regionais[editar | editar código-fonte]
O significado específico desses nomes varia de região para região. A confusão é devida ao fato de que essas plantas produzem "batatas" comestíveis que são cozidas de modo semelhante.
Algumas espécies do gênero Dioscorea (família Dioscoreaceae) e seus tubérculos são geralmente chamadas de "inhame" no nordeste e sul do Brasil, incluindo estado de Paraná; mas são chamadas de "cará" no sudeste, especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, sobretudo nas capitais e em textos técnicos[4]. Nos estados da Paraíba e Pernambuco usa-se "inhame" para as espécies de Dioscorea que produzem túberos grandes, como o inhame-da-costa (Dioscorea cayennensis) e o inhame-são-tomé (Dioscorea alata L.), e "cará" para as espécies que produzem túberos pequenas (como cará nambú)[4]. Algumas espécies dos gêneros Alocasia e Xanthosoma (família Araceae) têm nomenclatura oposta: "inhame" no sudeste, e "cará" no nordeste.
Taro[editar | editar código-fonte]
Na Madeira, chama-se de "inhame", mas também é conhecido por taro (Colocasia esculenta). É extensamente cultivado nestas ilhas (Madeira e Porto Santo) e foi durante séculos juntamente com a batata e o trigo, a base da alimentação do povo Madeirense.
Batata-doce[editar | editar código-fonte]
A batata-doce, tubérculo comestível produzido pelas plantas do gênero Ipomoea, também é chamada, em alguns lugares do Brasil, de inhame, inhame-doce ou cará-doce embora esses nomes sejam mais corretamente usados para a espécie Dioscorea trifida.
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