levístico

 Levístico

Levístico - imagem original: Rob Hille - Licença Creative Commons

Levisticum officinale

O levístico é uma planta perene semelhante ao aipo ou salsão, e que pode atingir mais de dois metros de altura. A planta inteira pode ser utilizada na alimentação, sendo as folhas consumidas cruas ou cozidas como o aipo, ou usadas como tempero, podendo ser usadas no lugar da salsa ou salsinha, embora seu sabor seja mais forte. As sementes (na verdade frutos secos contendo as sementes) são parecidas com as sementes do funcho e do cominho, e podem ser usadas em pães, doces, biscoitos e como especiaria. Já as raízes têm um sabor muito forte, mas também podem ser consumidas cruas ou cozidas, e quando secas e raladas podem ser usadas como condimento. Esta planta também é utilizada para diversos fins medicinais.

Levístico
O levístico pode chegar a ultrapassar 2 metros de altura - imagem original: Jamain - Licença Creative Commons

Clima

O levístico é uma planta que cresce melhor com temperaturas variando entre 15°C e 30°C, mas também pode ser cultivada em climas mais frios, onde a parte aérea da planta morre no inverno e renasce na primavera. Esta planta pode suportar geadas leves.

Luminosidade

Esta planta pode ser cultivada sob luz solar direta ou em sombra parcial.

Flores do levístico
A floração do levístico se dá em umbelas como em outras plantas de sua família, tais como o funcho ou a cenoura - imagem original: Edsel Little - Licença Creative Commons

Solo

O solo deve ser bem drenado, profundo, fértil e rico em matéria orgânica. O levístico cresce melhor em solos com pH entre 6 e 7, mas é bastante tolerante quanto ao pH e o tipo de solo.

Irrigação

Irrigue com frequência para que o solo seja mantido sempre úmido.

Levístico
O levístico pode ser cultivado a partir de sementes ou pela divisão de plantas bem desenvolvidas - imagem original: beelerspace - Licença Creative Commons

Plantio

O levístico pode ser cultivado a partir de sementes ou por divisão de plantas bem desenvolvidas. As sementes, que não permanecem viáveis por muito tempo, podem ser semeadas diretamente no local definitivo ou podem ser semeadas em sementeiras, pequenos vasos ou copinhos feitos de papel jornal com aproximadamente 10 cm de altura e 5 cm de diâmetro, mas a não mais do que 5 mm de profundidade. As mudas de levístico podem ser transplantadas quando estiverem grandes o bastante para serem manuseadas. A germinação das sementes pode levar de uma a quatro semanas.

O espaçamento entre as plantas geralmente pode ser de 60 cm a 75 cm.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.

Em contato com a pele, a seiva da planta pode provocar fitofotodermatose em algumas pessoas, assim use luvas para proteger as mãos quando estiver manuseando ou cortando a planta, principalmente em dias ensolarados.

Levístico
A colheita das folhas do levístico geralmente começa no segundo ano - imagem original: Steph - Licença Creative Commons

Colheita

Uma leve colheita de folhas pode ser feita no primeiro ano em hortas domésticas, mas o ideal é que a colheita seja feita apenas a partir do segundo ano de plantio, quando as plantas se encontram melhor desenvolvidas. As folhas são geralmente usadas frescas, mas também podem ser deixadas para secar em local bem ventilado, em seguida podendo ser armazenadas para uso como condimento.

Os frutos ou sementes podem ser colhidos quando estão ficando amarronzados. Corte as umbelas e deixe-as terminar de secar sobre um pano ou sobre um recipiente de tamanho adequado, para facilitar a coleta das sementes (frutos secos) que se desprenderem.

As plantas se tornam lenhosas a partir do quarto ano de vida e devem então ser renovadas. Aproveitando que as plantas precisam ser arrancadas, faz-se a colheita das raízes. Pedaços das plantas contendo raízes e rebentos podem ser usados para propagar o levístico e renovar a plantação.

lavanda

 Lavanda ou alfazema

Lavanda - imagem original: Maja Dumat - Licença Creative Commons

Lavandula angustifolia

A lavanda ou alfazema é uma planta nativa da região mediterrânea, muito cultivada para a extração de seu óleo essencial, utilizado em perfumaria e produtos de higiene. Também é muito apreciada como planta ornamental em jardins, havendo várias cultivares para esta finalidade. Além disso, suas flores são uma boa fonte de alimentos para abelhas e o mel produzido a partir de seu néctar é considerado como sendo de excelente qualidade. Em menor escala, é cultivada como planta medicinal e como condimento para alimentos.

As flores são a principal parte da planta utilizada para dar sabor e aroma a diversos tipos de alimentos, incluindo saladas, molhos, geleias, sorvetes e alguns vinhos e vinagres, embora as folhas também possam ser utilizadas.Várias outras espécies de lavanda são cultivadas, mas a espécie Lavandula angustifolia é a mais cultivada, uma vez que seu óleo essencial é de melhor qualidade. Esta planta pode atingir de 30 cm a 2 m de altura, dependendo da cultivar. Suas pequenas flores podem ser roxas, rosadas ou brancas.

Plantação de lavanda
A lavanda cresce melhor em um clima relativamente seco e quente - imagem original: Matthew Britton - Licença Creative Commons

Clima

É bastante tolerante quanto a temperatura, porém não cresce bem em um clima muito úmido ou muito frio.

Luminosidade

Necessita de luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente.

Lavanda com flores brancas
Lavanda com flores brancas. A lavanda é muito apreciada como planta ornamental em jardins - imagem original: Dehner Garten-Center - Licença Creative Commons

Solo

Cultive em solo bem drenado, leve, moderadamente fértil, com pH entre 6,5 e 7,5. O ideal são solos calcários.

Irrigação

Esta planta é sensível ao excesso de água. O solo deve permanecer sempre levemente úmido durante a fase inicial de crescimento. Quando bem desenvolvida, a lavanda é resistente a curtos períodos de seca e pode ser irrigada esparsamente.

Lavanda cultivada em um vaso
A lavanda pode ser cultivada em vasos - imagem original: Maja Dumat - Licença Creative Commons

Plantio

A lavanda ou alfazema pode ser propagada por sementes ou por estaquia.

Semeie superficialmente. As sementes podem ser semeadas no local definitivo ou em bandejas e vasos, neste caso sendo transplantadas quando as mudas estiverem grandes o bastante para serem manuseadas. As sementes geralmente germinam em duas a seis semanas.Para a propagação por estaquia, os ramos podem ser cortados com cerca de 10 cm de comprimento, retirando as folhas da parte inferior que ficará enterrada no solo. O solo deve ser mantido apenas levemente úmido, pois um excesso de água leva ao apodrecimento dos pedaços de ramo.

O espaçamento recomendado entre as plantas pode variar de 30 a 90 cm, dependendo do porte da variedade cultivada e das condições de cultivo. A lavanda também podem ser cultivada facilmente em vasos com 30 ou 40 cm de diâmetro.

Tratos culturais

Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.

Corte os ramos mais velhos que se tornarem lenhosos.

Flores da lavanda
As flores são muito aromáticas e delas é extraído o óleo essencial de lavanda - imagem original: Ting Chen - Licença Creative Commons

Colheita

As flores são colhidas assim que se abrem, cortando quase todo o ramo. As folhas podem ser colhidas quando necessário, mas são menos apreciadas do que as flores. O óleo essencial é extraído apenas das flores recém-colhidas.

Esta planta cresce de forma relativamente lenta, e embora chegue a florescer no primeiro ano, a floração é mais abundante a partir do segundo ano de cultivo. A lavanda é uma planta perene e pode produzir bem por mais de uma década.

komatsuna

 Komatsuna

komatsuna - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons

Brassica rapa var. perviridis

A komatsuna é uma verdura oriental que pode ser consumida tanto crua em saladas, quanto refogada ou cozida, ou adicionada a sopas e massas. A folha inteira pode ser consumida, incluindo os pecíolos (os talos), que são bastante suculentos.

A komatsuna é uma planta da mesma espécie que o nabo e outras hortaliças orientais como a couve-chinesa e a pak choi. Planta vigorosa e de crescimento rápido, quando bem desenvolvida pode ter folhas que ultrapassam os 30 cm de comprimento, atingindo cerca de 18 cm na linha de maior largura da folha.

Komatsuna-verde
Cultivar de komatsuna com folhas verdes - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons

Clima

A komatsuna prefere um clima ameno, embora possa suportar bem baixas temperaturas. Geralmente não cresce bem quando o clima está muito quente, mas há cultivares que suportam altas temperaturas sem maiores problemas, desde que não falte água para as plantas.

Luminosidade

Pode ser cultivada com iluminação solar direta ou em sombra parcial com boa luminosidade.

Komatsuna-vermelha
Cultivar de komatsuna com folhas vermelhas - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons

Solo

Cultive em solo bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo está na faixa de 6 a 6,5.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, mas sem que fique encharcado. Esta hortaliça é bastante sensível à falta de água.

Muda de komatsuna
Muda de komatsuna com duas folhas verdadeiras e duas folhas cotiledonares - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons

Plantio

As sementes podem ser semeadas no local definitivo da horta ou em sementeiras, vasos pequenos ou outros recipientes, com as mudas sendo transplantadas quando tiverem de 4 a 6 folhas verdadeiras. As sementes podem ser semeadas a aproximadamente 1 cm de profundidade. A germinação geralmente é rápida, ocorrendo normalmente em 4 a 10 dias.

O espaçamento recomendado pode ser de 15 a 20 cm entre as plantas. Para colher plantas jovens inteiras, com cerca de 10 cm de altura, o espaçamento pode ser de 5 cm entre as plantas. A komatsuna também pode ser facilmente cultivada em vasos e jardineiras.

Muda de komatsuna-vermelha
Muda de komatsuna-vermelha com duas folhas cotiledonares - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons

Tratos culturais

Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.

Komatsuna cultivada em uma jardineira
As folhas da komatsuna podem ser consumidas em qualquer estágio de desenvolvimento. As folhas podem ser colhidas individualmente ou a planta pode ser cortada ou arrancada inteira. - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita da komatsuna pode ser feita a qualquer momento, mas o ideal é que as plantas atinjam pelo menos 10 cm de altura antes da colheita, o que ocorre geralmente entre 30 e 60 dias após o plantio.

A colheita pode ser feita arrancando a planta inteira ou cortando a planta a uma altura de aproximadamente 2 ou 3 cm do solo, o que permite que a planta rebrote e uma nova colheita seja realizada (geralmente é possível fazer três colheitas). Para consumo próprio, as folhas podem ser colhidas quando necessário, cortando o pecíolo (o talo da folha) próximo a base da planta. Neste caso é possível colher folhas por vários meses.

jiló

 Jilós

Jilós - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons

Solanum aethiopicum Grupo Gilo, anteriormente denominada Solanum gilo.

O jiló é uma planta da família da berinjela e do tomate que pode atingir até 2 m de altura. Seus frutos amargos são colhidos ainda verdes e são consumidos cozidos em diversos tipos de pratos, sendo também possível consumi-los crus.

Clima

O jiloeiro precisa de clima quente e úmido para crescer bem e produzir seus frutos. Não suportando baixas temperaturas, o jiló pode ser cultivado em estufas agrícolas em regiões de clima frio, mas a produtividade é proporcional à temperatura ambiente. A temperatura ideal para o cultivo do jiló situa-se entre 20°C e 35°C.

Luminosidade

O jiloeiro necessita de alta luminosidade e deve receber luz solar direta ao menos por algumas horas diariamente.

Solo

O solo deve ser bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, com boa disponibilidade de nitrogênio. O pH ideal situa-se entre 5,5 e 6,8.

Irrigação

Irrigue com frequência para que o solo seja mantido úmido, mas sem que permaneça encharcado.

Plantio

As sementes são semeadas em canteiros, sementeiras ou em copinhos feitos de papel jornal com aproximadamente 10 cm de altura por 5 ou 6 cm de diâmetro. A germinação ocorre em uma ou duas semanas. As mudas de jiló são transplantadas quando têm 6 folhas definitivas, estando com aproximadamente 10 a 5 cm de altura nesta ocasião. O espaçamento recomendado varia de 100 a 150 cm entre linhas de plantio e de 60 a 100 cm entre plantas.

O jiló também pode ser cultivado em grandes vasos.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo com o jiloeiro por nutrientes e recursos.

Jiló-comprido-verde-claro
Jiló comprido verde-claro - imagem original: Junius - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita dos frutos começa de 90 a 150 dias após a semeadura e pode continuar pelo menos por mais três meses. Os frutos são colhidos geralmente imaturos, ainda totalmente verdes. Quando maduros os frutos ficam vermelhos ou alaranjados, com a pele mais firme e espessa, e são ainda mais amargos.

jicama

 Jicamas ou batatas-mexicanas

Jicamas - imagem original: Midori - Licença Creative Commons

Pachyrhizus erosus

A jicama é uma espécie de feijão originária do México e da américa central, e que produz raízes tuberosas que podem ser consumidas cruas ou cozidas. Ricas em inulina, um polissacarídeo do açúcar frutose, suas raízes têm um sabor adocicado e são uma rica fonte de fibras dietéticas. As raízes mais velhas ou maiores podem ser processadas para a obtenção de polissacarídeos.

A jicama é uma trepadeira perene de vida curta que pode atingir 4 ou 5 metros de altura, mas seus ramos, folhas, flores, vagens e feijões não devem ser consumidos, pois contêm retenona, uma substância que é moderadamente tóxica para mamíferos e altamente tóxica para peixes e invertebrados. As vagens colhidas muito jovens, antes dos feijões começarem a crescer, também podem ser consumidas cozidas, mas seu uso é menos comum.O nome popular jicama vem do espanhol jícama, que por sua vez deriva da palavra náuatle xicamatl, que é o nome desta planta na língua asteca. Esta espécie também pode ser conhecida por vários outros nomes populares, como batata-mexicana, feijão-batata e jacatupé, embora outras espécies de feijão que produzem raízes tuberosas também possam ser conhecidas por estes dois últimos nomes.

Folhas e flores da jicama ou batata-mexicana
Folhas e flores da jicama. A jicama é uma espécie de feijão trepador que produz raízes tuberosas comestíveis. As folhas, flores, vagens desenvolvidas e feijões são tóxicos e não devem ser consumidos - imagem original: Wibowo Djatmiko - Licença Creative Commons

Clima

Cresce melhor em clima quente, não suportando baixas temperaturas. Pode ser cultivada em climas mais amenos se houver pelo menos 5 meses para cultivo sem baixas temperaturas, ou protegidas em estufas, mas as raízes produzidas normalmente serão menores do que as cultivadas em locais de clima mais quente. Clima quente e dias curtos favorecem o crescimento das raízes tuberosas.

Luminosidade

Necessita de luz solar direta.

Solo

O ideal é que o solo seja leve, profundo, bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica.

Irrigação

Irrigue com frequência para que o solo seja mantido sempre úmido, porém sem que permaneça encharcado.

Plantio

A jicama normalmente é propagada por sementes, mas as raízes tuberosas também podem ser usadas para este fim. As sementes podem ser semeadas diretamente no local definitivo, a uma profundidade de aproximadamente 1,5 cm. Também podem ser semeadas em sementeiras ou em sacos plásticos para mudas, fazendo o transplante quando as mudas estiverem bem desenvolvidas.

As raízes tuberosas podem ser usadas no plantio quando estão disponíveis mas não se encontram sementes, ou quando se procura selecionar as melhores raízes das melhores plantas para serem utilizadas em plantios destinados a produção de sementes que serão utilizadas em futuros plantios.O espaçamento pode ser de 60 a 120 cm entre as linhas de plantio, sendo menor em clima mais ameno onde a colheita será realizada o mais cedo possível e maior em clima mais quente, dependendo também do espaço necessário em cada caso para a realização dos tratos culturais e do uso ou não de tutoramento para as plantas. O espaçamento entre as plantas pode ser de 20 a 25 cm.

Tratos culturais

Embora seja opcional, o ideal é que existam cercas ou treliças com 1 a 3 metros de altura (ou mais) para conduzirem o crescimento das plantas.

Retirar as flores pode favorecer o crescimento das raízes.

Retire as ervas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.

Raízes tuberosas da jicama ou feijão-batata
As raízes jovens da jicama parecem com nabos. Raízes mais velhas apresentam uma forma mais irregular - imagem original: Wibowo Djatmiko - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita geralmente pode ser feita de 5 a 9 meses após o plantio, quando as raízes estão com pelo menos 8 cm de diâmetro. Em clima mais ameno, a colheita deve ser feita antes que a temperatura comece a cair muito (colha se as plantas aparentarem estar debilitadas por conta de temperaturas mais baixas). Em locais de clima quente a colheita é feita mais tarde, quando as raízes estão maiores. As raízes tuberosas continuam a crescer, podendo chegar a pesar 20 kg em alguns anos, mas as raízes mais velhas, com mais de um ano, são menos doces e mais amiláceas do que as mais jovens.

As raízes devem ser desenterradas com cuidado para que não que não sofram cortes ou se quebrem, o que apressa sua deterioração. As raízes intactas podem ser armazenadas por algumas semanas em temperatura ambiente e por alguns meses se mantidas refrigeradas.

jambu

 Jambu

Jambu - imagem original: Mikrolit' - Licença da Arte Livre 1.3

Acmella oleracea, denominada anteriormente Spilanthes oleracea e Spilanthes acmella

O jambu é uma hortaliça nativa da região amazônica, mas atualmente cultivada em várias regiões do mundo. Também recebe os nomes populares agrião-do-pará, agrião-da-amazônia e agrião-do-norte. Seus ramos, folhas e flores podem ser consumidos crus em saladas e em pratos cozidos, refogados ou assados. O jambu também é usado como condimento e como erva medicinal. Seu sabor é bastante peculiar, e as flores produzem uma sensação de formigamento e entorpecimento das mucosas da boca, devido a presença da substância espilantol, uma alquilamida. Por conta disso, as flores podem ser usadas para aliviar dores de dentes.

Cultivar de jambu com ramos roxos
Cultivar de Jambu com ramos e flores arroxeados - imagem original: Kath821 - Licença Creative Commons

Clima

O jambu é uma hortaliça que prefere clima quente e úmido. Temperaturas abaixo de 15°C prejudicam a planta, sendo que o ideal são temperaturas acima de 26°C. Pode ser cultivada o ano todo em regiões de clima quente, e durante a primavera e o verão em outras regiões.

Luminosidade

Esta planta pode ser cultivada com iluminação solar direta ou em sombra parcial, desde que haja uma boa luminosidade.

Solo

Cultive em solo bem drenado, leve, fértil e rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo é de 5,8 a 6,5.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado.

Jambu florido
Além de ser cultivado como hortaliça, o jambu também é cultivado como planta ornamental em jardins - imagem original: Phyzome - Licença Creative Commons

Plantio

O plantio é feito por sementes ou por ramos. Semeie no local definitivo da horta ou em sementeiras e outros recipientes, transplantando quando as mudas tiverem tamanho suficiente para serem manuseadas (com cerca de um mês). As sementes devem ser semeadas superficialmente, sendo no máximo cobertas apenas por uma leve camada de terra peneirada ou de serragem fina.

Os ramos podem ser usados para propagar as plantas, e podem ser plantados em solo mantido bem úmido até que ocorra o enraizamento. Também podem ser plantados em vasos mantidos em local sombreado, mas bem iluminado. Após o enraizamento, as mudas podem ser transplantadas dos vasos para o local definitivo.O espaçamento recomendado é de 20 a 25 cm entre as plantas, mas muitos usam outros espaçamentos, indo de 5 cm a 40 cm entre as plantas. Estas podem atingir de 20 a 45 cm de altura.

O jambu também pode ser cultivado facilmente em vasos de tamanho médio ou grande.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.

Flor do jambu ou agrião-do-pará
A inflorescência do jambu também é comestível, e sendo a parte da planta mais rica em espilantol, pode ser usada para aliviar dor de dente - imagem original: Mikrolit' - Licença da Arte Livre 1.3

Colheita

A colheita dos ramos pode ser feita em qualquer momento durante o ciclo de vida das plantas, que tornam-se bem desenvolvidas de 45 a 50 dias após a semeadura. Retire ramos, folhas e flores individualmente quando necessário ou colha semanalmente parte dos ramos, sem colher demais para não enfraquecer as plantas.

inhame

 Inhame-chinês

Inhame-chinês - imagem original: Amada44 - Licença Creative Commons

Existem centenas de espécies no gênero Dioscorea, das quais várias espécies são plantadas para a obtenção de tubérculos comestíveis ou para a obtenção de fitoquímicos para a indústria farmacêutica. As espécies mais cultivadas para uso como alimento são:

Dioscorea rotundata de tubérculos com polpa branca e Dioscorea cayenensis de tubérculos com polpa amarela ou creme claro, nativas da África ocidental. São consideradas duas espécies separadas por alguns taxonomistas e consideradas como uma única espécie por outros. São os inhames mais cultivados no mundo, principalmente na Nigéria, que é o maior produtor mundial de inhame. Seus tubérculos são aproximadamente cilíndricos, com película externa marrom, e com peso indo de 2 Kg a 5 Kg, mas podendo chegar a 26 Kg. Existem mais de duas centenas de cultivares destas espécies.

Dioscorea alata
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea alata - imagem original: കാക്കര - Licença Creative Commons

Dioscorea alata - tubérculos com polpa geralmente branca, mas com cultivares de cor creme claro e roxa. Planta nativa do sudeste da Ásia, este é o inhame com a maior distribuição geográfica de plantio. Seu tubérculo geralmente pesa entre 5 Kg e 10 Kg, mas pode chegar a pesar 60 Kg.

Dioscorea bulbifera
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea bulbifera - imagem original: Bree Mc - Licença Creative Commons

Dioscorea bulbifera - conhecido como inhame-do-ar, pois é cultivado principalmente para a obtenção de tubérculos aéreos que surgem nas axilas das folhas, e que pesam de 0,5 Kg a 1,2 Kg (outras espécies de Dioscorea também produzem tubérculos nas axilas foliares, mas estes geralmente não são tão apreciados e não têm o tamanho dos tubérculos aéreos de Dioscorea bulbifera). A planta também produz um tubérculo subterrâneo. Há variedades cultivadas, que são utilizadas na alimentação quando cozidas ou assadas, e variedades selvagens, que podem ser tóxicas.

Dioscorea trifida
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea trifida. - imagem original: Mvh57 - Licença Creative Commons

Dioscorea trifida - nativa da América do Sul, produz tubérculos menores, com comprimento de 15 a 20 cm, com formato irregular e com polpa de cor branca, creme, rosa ou roxa. Alguns nomes populares de cultivares deste inhame são cará-doce e cará-mimoso.

Dioscorea opposita
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea opposita, o inhame chinês. Note que a planta também apresenta pequenos tubérculos aéreos - imagem original: Aomorikuma - Licença Creative Commons

Dioscorea opposita, com sinônimos Dioscorea polystachyaDioscorea batatas e Dioscorea oppositifolia - nativa da China, é cultivada principalmente na China, Coréia, Japão, Vietnã e Filipinas. O inhame chinês tem a polpa branca e pode ser consumido cru depois de ficar imerso em uma solução de água e vinagre.

Dioscorea esculenta
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea esculenta. - imagem original: H. Zell - Licença Creative Commons

Dioscorea esculenta - nativa do sudeste da Ásia (Indochina), seu tubérculo é pequeno, oval, com até 20 cm de comprimento e 6 a 8 cm de diâmetro, pesando geralmente de 250 g a 1Kg. Cada planta produz vários tubérculos (5 a 20).

Dioscorea dumetorum - nativa da África ocidental, produz um ou mais tubérculos de polpa branca ou amarelada, de sabor amargo. Para uso na alimentação, seus tubérculos precisam ser cortados e deixados de molho na água, e depois precisam ser bem cozidos. As plantas selvagens desta espécie são muito tóxicas.Algumas das espécies acima e outras espécies de Dioscorea podem ser cultivadas para a obtenção de sapogeninas esteroidais, que são fitoquímicos utilizados na indústria farmacêutica para a produção de hormônios esteroides (progesterona e cortisona, por exemplo).

Clima

A maioria das espécies de inhame são plantas de clima quente e úmido, mas algumas espécies sobrevivem bem em clima ameno e podem suportar até geadas leves.

Espécies de clima quente e úmido: D. rotundataDioscorea cayenensisDioscorea alataDioscorea bulbiferaDioscorea trifidaDioscorea esculentaDioscorea dumetorum.

Espécie de clima ameno: Dioscorea opposita.

O inhame é geralmente plantado no início da estação chuvosa em regiões de clima quente e no início da primavera em regiões de inverno frio.

Luminosidade

O inhame necessita de luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente. Algumas espécies toleram crescer sombreadas, mas a produtividade pode ser menor.

Solo

Cultive em solo bem drenado, leve, profundo, fértil e rico em matéria orgânica. Solos compactados devem ser evitados, pois dificultam a formação dos tubérculos.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que permaneça encharcado. O inhame é resistente à seca, mas não cresce bem quando falta água.

Plantio

O plantio é feito com pequenos tubérculos que surgem próximos ao tubérculo principal em algumas espécies de inhame, tubérculos inteiros e pedaços de tubérculos (geralmente divide-se o tubérculo em três partes). Nas espécies que geram tubérculos aéreos nas axilas foliares, estes podem ser usados para o plantio. O inhame também pode ser cultivado a partir de sementes, embora isto seja menos comum. Cultivares de algumas espécies raramente florescem e produzem sementes quando cultivadas fora de seu local de origem.

O mais recomendado é o plantio dos tubérculos em montes de terra (covas altas ou matumbos) e em camalhões, embora também possam ser plantados no terreno plano. O espaçamento recomendado entre as plantas varia bastante com a espécie, cultivar, região e método de plantio, indo geralmente de 0,6 m x 0,6 m a 1,25 m x 1 m.

Plantação de inhame
Plantação de inhame Dioscorea opposita - imagem original: Hasec - Licença Creative Commons

Tratos culturais

O inhame é uma planta trepadeira de crescimento vigoroso. Pode-se colocar varas de 1,2 m a mais de 2,5 m de altura para o tutoramento das plantas, o que dá os melhores resultados em produtividade, mas também é possível não utilizar nenhum tutoramento, deixando que as plantas cresçam rasteiras sobre o solo.

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos nos quatro primeiros meses de cultivo.Várias plantas do gênero Dioscorea, incluindo algumas espécies cultivadas, são plantas invasoras que podem dominar extensas áreas, cobrindo até mesmo grandes árvores.

Inhame-roxo - Tubérculo de Dioscorea alata
Inhame-roxo da espécie Dioscorea alata - imagem original: Remi Tournebize - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita do inhame ocorre normalmente de 5 a 12 meses depois do plantio. A colheita também pode ocorrer relativamente mais cedo em regiões de inverno frio e mais tarde em regiões quentes.

Os tubérculos devem ser desenterrados com cuidado, sem que sejam feitos ferimentos neles, possibilitando assim a armazenagem por maior período de tempo (alguns meses).

White Wood-Aster

  "O escarlate dos bordos pode me sacudir como um grito De clarins passando. E meu espírito solitário emociona Ao ver os ásteres gelado...