jambu

 Jambu

Jambu - imagem original: Mikrolit' - Licença da Arte Livre 1.3

Acmella oleracea, denominada anteriormente Spilanthes oleracea e Spilanthes acmella

O jambu é uma hortaliça nativa da região amazônica, mas atualmente cultivada em várias regiões do mundo. Também recebe os nomes populares agrião-do-pará, agrião-da-amazônia e agrião-do-norte. Seus ramos, folhas e flores podem ser consumidos crus em saladas e em pratos cozidos, refogados ou assados. O jambu também é usado como condimento e como erva medicinal. Seu sabor é bastante peculiar, e as flores produzem uma sensação de formigamento e entorpecimento das mucosas da boca, devido a presença da substância espilantol, uma alquilamida. Por conta disso, as flores podem ser usadas para aliviar dores de dentes.

Cultivar de jambu com ramos roxos
Cultivar de Jambu com ramos e flores arroxeados - imagem original: Kath821 - Licença Creative Commons

Clima

O jambu é uma hortaliça que prefere clima quente e úmido. Temperaturas abaixo de 15°C prejudicam a planta, sendo que o ideal são temperaturas acima de 26°C. Pode ser cultivada o ano todo em regiões de clima quente, e durante a primavera e o verão em outras regiões.

Luminosidade

Esta planta pode ser cultivada com iluminação solar direta ou em sombra parcial, desde que haja uma boa luminosidade.

Solo

Cultive em solo bem drenado, leve, fértil e rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo é de 5,8 a 6,5.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado.

Jambu florido
Além de ser cultivado como hortaliça, o jambu também é cultivado como planta ornamental em jardins - imagem original: Phyzome - Licença Creative Commons

Plantio

O plantio é feito por sementes ou por ramos. Semeie no local definitivo da horta ou em sementeiras e outros recipientes, transplantando quando as mudas tiverem tamanho suficiente para serem manuseadas (com cerca de um mês). As sementes devem ser semeadas superficialmente, sendo no máximo cobertas apenas por uma leve camada de terra peneirada ou de serragem fina.

Os ramos podem ser usados para propagar as plantas, e podem ser plantados em solo mantido bem úmido até que ocorra o enraizamento. Também podem ser plantados em vasos mantidos em local sombreado, mas bem iluminado. Após o enraizamento, as mudas podem ser transplantadas dos vasos para o local definitivo.O espaçamento recomendado é de 20 a 25 cm entre as plantas, mas muitos usam outros espaçamentos, indo de 5 cm a 40 cm entre as plantas. Estas podem atingir de 20 a 45 cm de altura.

O jambu também pode ser cultivado facilmente em vasos de tamanho médio ou grande.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.

Flor do jambu ou agrião-do-pará
A inflorescência do jambu também é comestível, e sendo a parte da planta mais rica em espilantol, pode ser usada para aliviar dor de dente - imagem original: Mikrolit' - Licença da Arte Livre 1.3

Colheita

A colheita dos ramos pode ser feita em qualquer momento durante o ciclo de vida das plantas, que tornam-se bem desenvolvidas de 45 a 50 dias após a semeadura. Retire ramos, folhas e flores individualmente quando necessário ou colha semanalmente parte dos ramos, sem colher demais para não enfraquecer as plantas.

inhame

 Inhame-chinês

Inhame-chinês - imagem original: Amada44 - Licença Creative Commons

Existem centenas de espécies no gênero Dioscorea, das quais várias espécies são plantadas para a obtenção de tubérculos comestíveis ou para a obtenção de fitoquímicos para a indústria farmacêutica. As espécies mais cultivadas para uso como alimento são:

Dioscorea rotundata de tubérculos com polpa branca e Dioscorea cayenensis de tubérculos com polpa amarela ou creme claro, nativas da África ocidental. São consideradas duas espécies separadas por alguns taxonomistas e consideradas como uma única espécie por outros. São os inhames mais cultivados no mundo, principalmente na Nigéria, que é o maior produtor mundial de inhame. Seus tubérculos são aproximadamente cilíndricos, com película externa marrom, e com peso indo de 2 Kg a 5 Kg, mas podendo chegar a 26 Kg. Existem mais de duas centenas de cultivares destas espécies.

Dioscorea alata
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea alata - imagem original: കാക്കര - Licença Creative Commons

Dioscorea alata - tubérculos com polpa geralmente branca, mas com cultivares de cor creme claro e roxa. Planta nativa do sudeste da Ásia, este é o inhame com a maior distribuição geográfica de plantio. Seu tubérculo geralmente pesa entre 5 Kg e 10 Kg, mas pode chegar a pesar 60 Kg.

Dioscorea bulbifera
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea bulbifera - imagem original: Bree Mc - Licença Creative Commons

Dioscorea bulbifera - conhecido como inhame-do-ar, pois é cultivado principalmente para a obtenção de tubérculos aéreos que surgem nas axilas das folhas, e que pesam de 0,5 Kg a 1,2 Kg (outras espécies de Dioscorea também produzem tubérculos nas axilas foliares, mas estes geralmente não são tão apreciados e não têm o tamanho dos tubérculos aéreos de Dioscorea bulbifera). A planta também produz um tubérculo subterrâneo. Há variedades cultivadas, que são utilizadas na alimentação quando cozidas ou assadas, e variedades selvagens, que podem ser tóxicas.

Dioscorea trifida
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea trifida. - imagem original: Mvh57 - Licença Creative Commons

Dioscorea trifida - nativa da América do Sul, produz tubérculos menores, com comprimento de 15 a 20 cm, com formato irregular e com polpa de cor branca, creme, rosa ou roxa. Alguns nomes populares de cultivares deste inhame são cará-doce e cará-mimoso.

Dioscorea opposita
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea opposita, o inhame chinês. Note que a planta também apresenta pequenos tubérculos aéreos - imagem original: Aomorikuma - Licença Creative Commons

Dioscorea opposita, com sinônimos Dioscorea polystachyaDioscorea batatas e Dioscorea oppositifolia - nativa da China, é cultivada principalmente na China, Coréia, Japão, Vietnã e Filipinas. O inhame chinês tem a polpa branca e pode ser consumido cru depois de ficar imerso em uma solução de água e vinagre.

Dioscorea esculenta
Folhagem de inhame da espécie Dioscorea esculenta. - imagem original: H. Zell - Licença Creative Commons

Dioscorea esculenta - nativa do sudeste da Ásia (Indochina), seu tubérculo é pequeno, oval, com até 20 cm de comprimento e 6 a 8 cm de diâmetro, pesando geralmente de 250 g a 1Kg. Cada planta produz vários tubérculos (5 a 20).

Dioscorea dumetorum - nativa da África ocidental, produz um ou mais tubérculos de polpa branca ou amarelada, de sabor amargo. Para uso na alimentação, seus tubérculos precisam ser cortados e deixados de molho na água, e depois precisam ser bem cozidos. As plantas selvagens desta espécie são muito tóxicas.Algumas das espécies acima e outras espécies de Dioscorea podem ser cultivadas para a obtenção de sapogeninas esteroidais, que são fitoquímicos utilizados na indústria farmacêutica para a produção de hormônios esteroides (progesterona e cortisona, por exemplo).

Clima

A maioria das espécies de inhame são plantas de clima quente e úmido, mas algumas espécies sobrevivem bem em clima ameno e podem suportar até geadas leves.

Espécies de clima quente e úmido: D. rotundataDioscorea cayenensisDioscorea alataDioscorea bulbiferaDioscorea trifidaDioscorea esculentaDioscorea dumetorum.

Espécie de clima ameno: Dioscorea opposita.

O inhame é geralmente plantado no início da estação chuvosa em regiões de clima quente e no início da primavera em regiões de inverno frio.

Luminosidade

O inhame necessita de luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente. Algumas espécies toleram crescer sombreadas, mas a produtividade pode ser menor.

Solo

Cultive em solo bem drenado, leve, profundo, fértil e rico em matéria orgânica. Solos compactados devem ser evitados, pois dificultam a formação dos tubérculos.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que permaneça encharcado. O inhame é resistente à seca, mas não cresce bem quando falta água.

Plantio

O plantio é feito com pequenos tubérculos que surgem próximos ao tubérculo principal em algumas espécies de inhame, tubérculos inteiros e pedaços de tubérculos (geralmente divide-se o tubérculo em três partes). Nas espécies que geram tubérculos aéreos nas axilas foliares, estes podem ser usados para o plantio. O inhame também pode ser cultivado a partir de sementes, embora isto seja menos comum. Cultivares de algumas espécies raramente florescem e produzem sementes quando cultivadas fora de seu local de origem.

O mais recomendado é o plantio dos tubérculos em montes de terra (covas altas ou matumbos) e em camalhões, embora também possam ser plantados no terreno plano. O espaçamento recomendado entre as plantas varia bastante com a espécie, cultivar, região e método de plantio, indo geralmente de 0,6 m x 0,6 m a 1,25 m x 1 m.

Plantação de inhame
Plantação de inhame Dioscorea opposita - imagem original: Hasec - Licença Creative Commons

Tratos culturais

O inhame é uma planta trepadeira de crescimento vigoroso. Pode-se colocar varas de 1,2 m a mais de 2,5 m de altura para o tutoramento das plantas, o que dá os melhores resultados em produtividade, mas também é possível não utilizar nenhum tutoramento, deixando que as plantas cresçam rasteiras sobre o solo.

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos nos quatro primeiros meses de cultivo.Várias plantas do gênero Dioscorea, incluindo algumas espécies cultivadas, são plantas invasoras que podem dominar extensas áreas, cobrindo até mesmo grandes árvores.

Inhame-roxo - Tubérculo de Dioscorea alata
Inhame-roxo da espécie Dioscorea alata - imagem original: Remi Tournebize - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita do inhame ocorre normalmente de 5 a 12 meses depois do plantio. A colheita também pode ocorrer relativamente mais cedo em regiões de inverno frio e mais tarde em regiões quentes.

Os tubérculos devem ser desenterrados com cuidado, sem que sejam feitos ferimentos neles, possibilitando assim a armazenagem por maior período de tempo (alguns meses).

hortelã

 Menta ou hortelã

Menta ou hortelã - imagem original: Tzuhsun Hsu - Licença Creative Commons

Há várias espécies de menta ou hortelã no gênero Mentha, e não existe consenso entre os botânicos sobre o número de espécies existentes e o nome atribuído a estas. Aumentando a dificuldade de estabelecer uma classificação, as espécies intercruzam com facilidade, produzindo diversas plantas híbridas.

As espécies mais comuns são:

Hortelã-das-hortas ou hortelã-comum
Hortelã-comum ou hortelã-das-hortas (Mentha spicata) - imagem original: miluz - Licença Creative Commons

Mentha spicata - chamada de hortelã-comum, hortelã-das-hortas, hortelã-verde ou simplesmente hortelã. A planta atinge de 30 a 100 cm e tem flores brancas ou rosadas. Existem muitas cultivares desta espécie, que apresentam uma boa variabilidade nas características de suas folhas. É muito usada como condimento, como aromatizante, como chá e no preparo de outras bebidas. Também é utilizada para fins medicinais.

Hortelã-da-água
Hortelã-da-água (Mentha aquatica) - imagem original: nociveglia - Licença Creative Commons

Mentha aquatica - chamada de menta-aquática, hortelã-dos-ribeiros ou hortelã-da-água. Como o nome indica, cresce naturalmente na beira de cursos de água, lagos, poças, brejos, etc. Atinge normalmente cerca de 90 cm, embora possa chegar a 1,5 m de altura. Suas flores são pequenas, rosadas ou lilases, e ficam densamente agrupadas. É usada geralmente para fins medicinais.

Hortelã-pimenta
Hortelã-pimenta (Mentha x piperita) - imagem original: nociveglia - Licença Creative Commons

Mentha x piperita - chamada de hortelã-pimenta, algumas de suas cultivares têm nomes populares exclusivos como, por exemplo, hortelã-chocolate para Mentha x piperita 'Chocolate Mint' e hortelã-limão para Mentha x piperita 'Citrata'. A hortelã-pimenta é considerada atualmente um híbrido resultante do cruzamento entre Mentha aquatica e Mentha spicata. Cresce de 30 cm a 1 m, suas folhas são geralmente verde-escuras e suas flores são rosadas ou púrpuras. É usada como condimento, aromatizante, como chá e no preparo de outras bebidas. Também é muito usada para fins medicinais e para a obtenção de óleos essenciais, principalmente de mentol.

Hortelã-doce ou hortelã-japonesa
Hortelã-doce ou hortelã-japonesa (Mentha arvensis) - imagem original: Matt Lavin - Licença Creative Commons

Mentha arvensis - conhecida como hortelã-brava, hortelã-doce e hortelã-japonesa, entre vários outros nomes, incluindo hortelã-pimenta para aumentar a confusão de nomes dados para as espécies de menta. Atinge de 10 a 60 cm de altura, podendo até chegar a 1 m. Há várias subespécies desta planta. Suas flores são brancas, rosadas ou lilases, e ficam junto ao caule, logo acima das folhas. É usada para fins medicinais e como condimento, e é a principal espécie usada para a obtenção do óleo essencial mentol.

Poejo
Poejo (Mentha pulegium) - imagem original: Isaac Wedin - Licença Creative Commons

Mentha pulegium - conhecida como poejo. Atinge até 50 cm de altura, crescendo em locais úmidos ou encharcados, e na beira de cursos de água. Suas folhas são pequenas e suas flores rosadas surgem junto ao caule, logo acima das folhas. É usada como planta medicinal, condimento, aromatizante, como chá e no preparo de outras bebidas. Também é utilizada para repelir insetos (o nome pulegium veio de seu uso como repelente de pulgas antes do surgimento dos inseticidas modernos).

Hortelã-maçã
Hortelã-maçã (Mentha suaveolens) - imagem original: Catherine Dougherty - Licença Creative Commons

Mentha suaveolens - conhecida como hortelã-maçã, é também chamada de hortelã-brava. Atinge de 40 cm a 1 m de altura, suas flores são brancas, rosadas ou lilases. É utilizada para fins medicinais, condimento, aromatizante e como planta ornamental (esta espécie possui cultivares com folhas variegadas, muito apreciadas como plantas de jardim).

Hortelã-da-ribeira
Hortelã-da-ribeira (Mentha cervina) - imagem original: Daniel Feliciano - Licença Creative Commons

Mentha cervina - conhecida como hortelã-da-ribeira. Atinge até 30 cm de altura, tem folhas estreitas verde-escuras e flores brancas que surgem junto ao caule. É usada para fins medicinais e como condimento.

Hortelã-silvestre
Hortelã-silvestre (Mentha longifolia) - imagem original: Mr. Tonreg - Licença Creative Commons

Mentha longifolia - conhecida como menta-silvestre. Atinge de 40 cm a 1,2 m, tem folhas compridas e relativamente estreitas. Suas flores podem ser roxas, brancas ou lilases. É utilizada para fins medicinais e muito raramente como condimento.

Existem algumas outras espécies e vários outros híbridos de mentas. Distinguir as mentas ou hortelãs é geralmente uma tarefa difícil, dada a variabilidade e as semelhanças encontradas nas espécies, subespécies e cultivares, não existindo atualmente consenso nem mesmo entre os especialistas.

Hortelã-chocolate
Hortelã-chocolate - imagem original: Brian Boucheron - Licença Creative Commons

Clima

As várias espécies de menta ou hortelã são plantas de clima temperado ou ameno, que suportam bem baixas temperaturas, mas não o congelamento total do solo. Algumas espécies toleram altas temperaturas, como por exemplo a espécie Mentha arvensis.

Uma recomendação é que o local de cultivo deve ser bem protegido do vento, pois este pode prejudicar as plantas.

Luminosidade

A hortelã ou menta pode ser cultivada em lugares ensolarados ou em sombra parcial com alta luminosidade.

Solo

Cultive a hortelã de preferência em solo fértil e rico em matéria orgânica.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido. O ideal é que o solo nunca seque durante o ciclo de crescimento das plantas.

Algumas espécies estão adaptadas a crescer em solos encharcados. Por exemplo, a hortelã-da-água (M. aquatica), o poejo (M. pulegium), a hortelã-da-ribeira (M. cervina) e podem ser cultivadas em solo bem úmido ou encharcado, ou ainda na beira de corpos de água, como lagos, ribeirões, etc.

Plantio

O plantio é geralmente realizado através de rizomas ou de ramos retirados de plantas bem desenvolvidas, saudáveis e de boas características, com duas ou três gemas em cada pedaço de rizoma. Estes podem ser plantados diretamente no local definitivo ou em canteiros, sendo as mudas depois transplantadas quando atingem de 10 a 15 cm de altura.

O espaçamento recomendado entre as plantas varia conforme a espécie e a cultivar sendo plantada, mas geralmente um espaçamento de 30 a 40 cm entre as plantas é considerado adequado.O plantio por sementes é possível, mas é desaconselhado, a não ser para quem está querendo obter novas cultivares ou híbridos, ou para quem não tem como obter mudas. Como as plantas intercruzam facilmente e a variabilidade fenotípica é grande mesmo entre plantas da mesma espécie, é difícil garantir que as plantas originadas por sementes tenham as características da cultivar ou da espécie das plantas mãe. Além disso, nem todas as mentas produzem sementes facilmente.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.

É necessário algum cuidado no plantio de hortelã ou menta, pois a maioria das espécies é invasiva, podendo se espalhar rapidamente. A plantação deve ser mantida sobre controle, cortando as plantas para impedir que se espalhem para fora da área destinada ao seu plantio. Em hortas domésticas, é mais conveniente cultivar a hortelã em vasos, jardineiras e outros recipientes, para restringir mais facilmente o seu crescimento e impedir que se espalhe e invada o espaço destinado a outras plantas.

Colheita

A colheita pode ser feita a partir do momento em que as plantas se encontram bem desenvolvidas. O melhor momento para colher é quando as plantas estão florescendo, pois neste período seu sabor e aroma são mais intensos, uma vez que a concentração de seus óleos essenciais se torna máxima. Corte as hastes acima do primeiro ou segundo par de folhas ou colha apenas as folhas necessárias. É possível fazer a colheita de todas as hastes três vezes por ano, por quatro a seis anos sem necessidade de replantio.

Apesar de seu uso ser muito comum, o poejo contém uma alta concentração do óleo essencial pulegona, que é muito tóxico, de forma que seu uso deve ser restrito. Outras mentas também podem conter pulegona, mas em menor concentração.

Mulheres grávidas devem evitar totalmente o consumo de poejo e de todas as outras hortelãs.

hissopo

 Hissopo

Hissopo - imagem original: zdw - Licença Creative Commons

Hyssopus officinalis

O hissopo é uma planta que pode atingir de 20 cm a 1 m de altura, com flores que podem ser de cor violeta, rosa ou branca. Bastante apreciada como planta ornamental em jardins, sendo que suas flores atraem abelhas e borboletas, é também uma planta cultivada para fins medicinais e para o uso de suas folhas e flores como tempero. Seu sabor é forte e algo amargo, apresentando um intenso e agradável aroma de menta, o que faz com que suas folhas sejam usadas apenas em pequenas quantidades em saladas ou como tempero para outros pratos. Alguns apicultores também cultivam a planta para alimentar suas abelhas, que assim produzem um mel aromático de sabor distinto.

Hissopo
O hissopo cresce melhor em clima subtropical, mas suporta bem baixas temperaturas - imagem original: Herbolario Allium - Licença Creative Commons

Clima

O hissopo cresce melhor em clima subtropical quente, mas também suporta temperaturas baixas.

Luminosidade

Deve receber luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente.

Flores do hissopo de cor violeta
As flores do hissopo atraem insetos como abelhas e borboletas - imagem original: H. Zell - Licença Creative Commons

Solo

Cultive preferencialmente em solo leve e bem drenado, fértil e com pH entre 5 e 7,5, mas o hissopo pode ser cultivado praticamente em qualquer tipo de solo que apresente uma boa drenagem.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido nos primeiros meses, mas sem que fique encharcado. Plantas bem desenvolvidas toleram curtos períodos de seca e podem ser irrigadas mais esporadicamente. O excesso de água no solo prejudica estas plantas.

Flores do hissopo de cor rosa
As flores do hissopo geralmente são de um violeta azulado, mas há variedades de cor rosa e branca - imagem original: H. Zell - Licença Creative Commons

Plantio

O hissopo pode ser propagado por sementes, estaquia ou divisão de plantas bem desenvolvidas.

Semeie no local definitivo ou em sementeiras e outros recipientes, e transplante as mudas quando estiverem grandes o bastante para serem manuseadas. As sementes levam uma ou duas semanas para germinarem.Plantas bem desenvolvidas também podem ser divididas, ou ramos com 5 a 10 cm podem ser parcialmente enterrados em vasos mantidos úmidos para que ocorra o enraizamento.

O espaçamento entre as plantas pode ser de 30 a 60 cm. Esta planta também pode ser cultivada facilmente em vasos grandes.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.

A cada três ou quatro anos as plantas precisam ser renovadas, pois vão se tornando lenhosas e passam a ser menos produtivas.

Hissopo florido
As folhas do hissopo são mais aromáticas quando ocorre a floração - imagem original: peganum - Licença Creative Commons

Colheita

Em plantações domésticas, as folhas podem ser colhidas quando necessário a partir de dois ou três meses após o plantio. Em plantações comerciais, cujo objetivo é a extração do óleo essencial, a colheita é realizada normalmente apenas a partir do segundo ano, quando ocorre a floração, embora também seja possível fazer uma pequena colheita no primeiro ano.

As folhas são mais aromáticas quando ocorre a floração, e as flores também podem ser colhidas e consumidas.

White Wood-Aster

  "O escarlate dos bordos pode me sacudir como um grito De clarins passando. E meu espírito solitário emociona Ao ver os ásteres gelado...